Dourados Voadores

Um lugar mágico essa Chapada dos Guimarães. Toda vez que vou para lá fico encantada. Respirar os ares de Chapada me faz sempre pensar na vida. E eu encontro beleza até nas coisas tristes. Lá é um lugar para se meditar, se sentir vivo e ao mesmo tempo um grão de areia no mundo. Lá você ouve o silêncio da sua alma. Todas as fotos de Mato Grosso: http://picasaweb.google.com/bia.sato/MatoGrosso?feat=directlink

Semana passada assistindo ao filme da Annie Leibovitz na aula de retrato me voltou uma tristeza muito grande que senti em Cuiabá nessa última vez em que fui visitar meu avô. Annie Leibovitz é uma fotógrafa famosa conhecida por fotografar gente famosa. Já fotografou quase todos os artistas famosos de Hollywood e da música. Ela teve um relacionamento muito forte com a escritora Susan Sontag. O filme se chama "Life Through a Lens", isto é, "A vida através de uma lente". Ela sempre uma grande familiaridade com as cameras desde pequena. E até mesmo na hora em que Susan Sontag estava morta, Annie a fotografou. Meu avô não morreu. Mas, o rosto dele desta vez que o vi me deixou bastante chocada. Não é mais aquele rosto de um idoso cheio de força. É um rosto fundo, absorvido, pálido, o olhar no vazio, a fala de poucas respostas... E eu tinha levado a camera para fotografá-lo. Mas, não consegui. Não quis guardar aquela imagem que tanto me assustou. E aquela fotografia está lá...

Finalmente as fotos de Mato Grosso! Estas são do zoo que fica dentro da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). Cada vez que volto pra Cuiabá me assusto com o desenvolvimento da cidade. Como a minha irmã disse, a gente sempre acha que vai voltar e estará tudo do jeito que a gente deixou. Agora tem até um pouquinho de trânsito lá. Novas ruas e avenidas. Fiquei bem perdida desta vez. Claro que não é nada comparado com São Paulo. Mas, foi estranho dirigir lá. Tive que tomar muito cuidado pra não dar seta e entrar logo em seguida. Da última vez quase socaram uma caminhotete na traseira do carro. Também fico sempre procurando um radar ou um marronzinho pra me multar. Esqueci os nomes de algumas avenidas principais também. Foi cômico. Cada vez que o tempo passa a gente vai se distanciando mais daquilo que nos era tão familiar. Mas, basta ficar um pouquinho que tudo volta mais rápido do que o tempo pra esquecer. Na verdade, não é esquecimento. É adormecimento. Assim como a sensação de est...